Você pode até não entender muito bem (ainda) o conceito de storytelling. Mesmo assim, tenho certeza de que esse termo não te é estranho.
Afinal, essa tendência tem se mostrado a queridinha de muitas marcas por aí. Sabe aqueles comerciais de Natal da Coca-Cola que emocionam o mundo todo? Puro Storytelling.
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Aliás, antes de irmos ao ponto principal desse artigo, deixa eu te contar um fato:
A humanidade adora uma boa história
Inclusive, se pensarmos por esse lado, vamos ver que o storytelling nem é exatamente uma novidade. Pelo contrário: a contação de histórias é um hábito que, basicamente, existe desde sempre.
As pinturas rupestres, por exemplo, nada mais eram do que uma forma de contar histórias. Antes de termos livros e afins, a fogueira era onde todos se reuniam para uma boa narrativa.
Hoje em dia, obviamente não é diferente. Olha só: gostamos de contar histórias na mesa de bar. Também, assistimos a filmes, lemos livros e gostamos de ouvir as pessoas.
Depois dessa explicação, nem sequer é necessário afirmar que…
Storytelling é a arte de contar histórias
Em resumo, contar histórias melhora a forma como nos comunicamos. Mais do que isso: entretemos o outro com mais facilidade.
O storytelling, portanto, é isso: contar histórias. Para tal, temos elementos específicos, como personagens, cenários, conflitos e mensagens. É importante, ainda, lembrar da continuidade. Ou seja: do começo, do meio e do fim.
No contexto do marketing, essa técnica serve para que você transmita a sua mensagem de um jeito mais assertivo. Além disso, é mais possível que, dessa forma, você conquiste e envolva o seu público. Lembre-se: vivemos em uma era onde o vínculo emocional conta muito!
E já que estamos falando do que o storytelling faz pela sua marca, vamos a alguns outros benefícios:
1- O storytelling é sedutor
Digo e repito: amamos ouvir boas histórias. Se a sua marca contar uma, seu público vai prestar mais atenção em você.
Afinal, o seu grande objetivo não é permanecer na memória dos seus clientes?
2- As pessoas se identificam com as histórias
E, consequentemente, com a sua marca. Isso porque, ao ler uma história, seu cliente se coloca no lugar do personagem principal. Ele também acompanha seus passos e a sua jornada.
3- Histórias despertam as nossas emoções
Eu já falei por aqui como os consumidores estão mais exigentes. Em outras palavras, buscam mais do que bens ou serviços. O que eles desejam, pelo contrário, é confiança, credibilidade e conexão. E é isso, portanto, que eles sentem através de uma boa história.
Um storytelling é sempre uma narrativa?
De forma geral, entendemos que histórias sempre são narrativas. No storytelling, pelo contrário, uma narrativa não é sempre necessária. Mesmo assim, antes de eu te explicar outra forma de contar histórias, vamos entender os elementos clássicos de uma:
1- Mensagem
O storytelling se divide em duas partes:
- Story (a mensagem);
- Telling (a forma como a mensagem é transmitida).
Aqui, é bem importante que ambos os elementos sejam fortemente trabalhados. Uma boa mensagem, por exemplo, pode ser impactante. Entretanto, se não for contada do jeito certo, não será memorável.
Há, ainda, o inverso. Ou seja: talvez a mensagem não seja assim tão poderosa. Mesmo assim, a forma como é transmitida impacta quem a ler.
2- Ambiente
As histórias sempre acontecem em algum lugar. Por isso, ter um cenário e um contexto é fundamental.
Aqui, quanto mais detalhes, melhor. Isso porque uma boa descrição facilita o envolvimento do público com o seu conteúdo.
3- Conflito
Basicamente, é o conflito que dá emoção para a história. Geralmente, é uma dificuldade a ser superada.
Nesse ponto, a resolução do problema não deve ser fácil demais, ou romantizada demais. Dessa forma, o público não consegue se identificar com o enredo.
Agora que você já sabe os elementos principais de uma história, vamos partir para outra forma de contá-las.
A técnica do “show, don’t tell”
Ou seja: mostrar em vez de falar. Para ilustrar isso, eu trouxe um exemplo. Sabia que uma pesquisa realizada pela FICO mostrou que 65% dos brasileiros, neste ano, estão mais dispostos a abrir uma conta bancária online do que estavam no ano passado?
Esse é o dado que vou usar para te mostrar duas formas de falar sobre ele.
Na primeira, vou apenas contá-lo:
Em uma pesquisa realizada pela FICO, empresa mundial de software de decisão e análise preditiva, foi constatado que 65% dos brasileiros estão mais dispostos a abrir uma conta bancária online neste ano do que estavam no ano passado.
Agora, vou mostrar esse dado:
Os aplicativos de bancos já são nossos companheiros há anos. Quando foi, aliás, que você precisou, pela última vez, ir até uma agência para pagar uma fatura? De lá pra cá, as funcionalidades (e o nosso conforto) só aumentaram.
Agora, mesmo para abrir uma conta em um banco, já não é mais necessário sair de casa. Inclusive, a FICO, empresa mundial de software de decisão e análise preditiva, teve até uma pesquisa que mostrou a boa recepção do brasileiro a esse novo serviço. Em 2021, 65% das pessoas estão mais dispostas a abrir uma conta bancária online do que estavam no ano passado.
Percebe a diferença? Ao descrever o dado e também o contexto, a mensagem se torna muito mais fácil de ser assimilada. Além disso, é muito mais provável que o seu público se veja naquilo que está sendo dito por você.
Apenas apresentar o dado dificulta o seu entendimento. E mais: deixa a comunicação mais fria e robótica.
Como aplicar o storytelling no seu conteúdo?
Pegou a essência dessa estratégia? Então, agora é hora de entender como é possível aplicá-la no seu conteúdo. Vamos lá?
1- Utilize o storytelling como parte do conteúdo
Basicamente, é o que fiz ao ilustrar o dado da FICO sobre a abertura de contas online. Isso significa que você pode usar uma história, por exemplo, para introduzir um tema.
2- A narrativa pode ser a estrutura do conteúdo
Aqui, a história não é utilizada apenas para introduzir o tema. Pelo contrário: ela é retomada ao longo do conteúdo.
Nesse tópico, é importante lembrar que a narrativa não precisa ser o foco do conteúdo. Na verdade, ela pode estar lá apenas como sustentação.
3- Escreva pensando na sua persona
Essa é uma dica que eu trago em quase todos os meus conteúdos. Afinal, a persona é a base de toda e qualquer estratégia que sua marca desenvolver.
É ela que precisará se sentir envolvida pelo seu storytelling. Por isso, considere as suas características na hora de dar vida ao storytelling.
Algumas dicas práticas para o seu negócio
Se na hora de colocar a mão na massa você se sentir um pouco perdido, volte para estas dicas aqui:
- Product placement: conte histórias sobre o uso dos seus produtos, ou sobre seu propósito;
- Cultura pop: aproveite alguns elementos para relacionar à sua marca;
- Propósito da marca: por que seu produto ou sua marca são as soluções em determinada área? Responda a isso através de uma história;
- Personalidade da marca: a sua personalidade também é uma narrativa. Por isso, faça proveito desse fator.
Essas dicas podem ser preciosas para o seu brainstorming. Afinal, você pode tomá-las como um ponto de partida.
E o que não fazer no storytelling?
Dessa vez, eu não trouxe apenas dicas sobre o que fazer. Portanto, presta atenção nesses don’t.
- Não crie histórias romantizadas demais: o clichê, aqui, pode ser perigoso. A vida, de forma geral, é mais complexa que isso. Logo, uma história previsível demais pode não conquistar a audiência;
- Não seja direto demais: inclusive, eu até já falei sobre isso aqui. O storytelling é sobre o encanto de contar uma história. Então, ir direto ao ponto deixaria a narrativa bastante seca e nada atrativa;
- Não construa personagens superficiais: afinal, estamos falando de seres humanos. Em outras palavras, somos seres complexos. Mais do que isso: sabemos identificar um personagem muito raso. Um personagem assim, portanto, não seria capaz de gerar identificação.
Não existe fórmula mágica
Ao longo deste artigo, eu te dei muitas dicas. Inclusive, dicas sobre o que não fazer, como você acabou de ler. Entretanto, eu preciso frisar uma coisa: não existe receita de bolo.
Pessoalmente, eu não sou a favor de delimitar fronteiras para a criatividade. Por isso, quero que você enxergue essas dicas como nortes. Ou seja: elas não são regras, apenas orientações.
Aliás, é aí que mora o encanto do storytelling. Cada história é viva e você pode explorar mil formas de contá-la.
No fim, o mais importante é que o seu público consiga se envolver com ela. E, acredite, se a história for boa mesmo, ele irá.
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