Para muitos, o marketing pode ser reduzido à ideia de chamar a atenção dos clientes. Na tentativa de conquistar um público grande e fiel, muitos profissionais acabam tomando decisões equivocadas e exageradas na hora de competir por esse tipo de atenção. Entretanto, a tendência que estamos experimentando nos últimos anos é outra. Por isso, o marketing na era do minimalismo é diferente do que muitos estão acostumados a ver – e praticar.
O que é o minimalismo?
Não é de hoje que muitas pessoas acreditam que menos é mais. Na era da tecnologia, o minimalismo ganhou força. Enquanto a enxurrada de informações e anúncios cresce cada vez mais, há quem acredite que a simplicidade e a desaceleração no estilo de vida são as chaves para uma existência menos caótica e mais feliz.
-- Quer transformar seu produto em uma empresa lucrativa e escalável? Conheça a Mentoria Scale para infoprodutores, coprodutores e afiliados.
No que tange ao estilo de vida, temos como um dos principais pilares do minimalismo a diminuição do consumo desenfreado. Talvez, afinal, estejamos mesmo acumulando muitos bens materiais, às vezes desnecessários para o nosso bem-estar.
Dessa forma, o questionamento sobre os recursos que temos utilizado tem sido cada vez mais constante. A preocupação crescente com o meio ambiente, por exemplo, fortifica essa necessidade de mudança. O peso de objetos produzidos pelo ser humano já superou o peso natural da Terra.
A tendência, entretanto, não se limita a isso. Ela também passou pela arte, pela moda e pela arquitetura, por exemplo. Por fim, conquistou o design e hoje é muito presente no marketing digital também.
Esteticamente, o minimalismo é representado por traços mais simples e com menos exageros visuais. A arquitetura moderna, por sua vez, se utiliza com frequência de linhas mais retas, vidros e cores sóbrias. Na moda, os cortes mais retos também têm ganhado mais espaço. Na arte, essa redução de recursos é feita para impressionar. Além disso, também é uma técnica para deixar mais espaço para a mente do público que vai absorvê-la.
No marketing, ponto central da nossa discussão hoje, o minimalismo tem grandes efeitos também. No design, vem em forma de degradês, menos combinações mirabolantes de cores e ajustes na linguagem utilizada para se comunicar.
O design como aliado do marketing na era do minimalismo
Recentemente, a Ponto Frio passou a ser apenas Ponto. A mudança no nome trouxe consigo um logotipo e identidade visual repaginados. A justificativa, é claro, foi a necessidade de se comunicar com um público mais amplo e jovem. Em outras palavras, tornar um clássico mais acessível aos olhos modernos.
A Ponto não foi a única a adotar o minimalismo nos últimos tempos. A Oi, por exemplo, resolveu apostar em um logo que não só é mais limpo, como também mais versátil. Ao brincar com as cores do degradê da peça e com o seu formato, a empresa tem a liberdade de inovar seus anúncios sem perder a própria identidade.
No que diz respeito ao marketing na era do minimalismo, o design tem sido o seu grande aliado. Esse tipo de mudança, afinal, é a mais perceptível para um público leigo no assunto.
O marketing na era do minimalismo usa a simplicidade para ser marcante
Por mais que o conceito central do design minimalista seja a simplicidade, colocar a estratégia em prática não é exatamente fácil. Considere, por exemplo, que é preciso chamar a atenção do público, porém com menos elementos. Aqui, a sutileza, a personalidade e a elegância são fundamentais.
Essa estratégia, aliás, não se resume apenas à uma mudança no logotipo. Ela se mostra, também, no design de uma postagem nas redes sociais, ou no layout de um site. Para que você entenda a diferença, pense em dois exemplos: uma página do Instagram com postagens simples e uma repleta de imagens carregadas de elementos visuais e cores fortes.
Eu tenho certeza, inclusive, que você já viu vários exemplos de cada um desses dois tipos que mencionei. Normalmente, as páginas mais simples são mais atrativas e recebem um engajamento maior. Além de serem menos cansativas visualmente, também mostram que não precisaremos despender muito tempo para consumir o seu conteúdo.
A Apple é outro exemplo que merece destaque. A maçã, afinal, é um ícone mundialmente conhecido. Seus produtos, em geral, têm design mais simples e são de fácil utilização. A simplicidade os torna mais intuitivos e agradáveis ao usuário. Mesmo para o público leigo esses argumentos são visíveis. Aqui, temos uma marca que exerce o minimalismo com maestria.
De forma geral, posso dizer que o grande segredo é o conforto visual. Grandes marcas são reconhecidas mesmo com logos minimalistas porque a sua simplicidade e personalidade são marcantes.
Ao navegar por um site minimalista, o usuário tem uma experiência muito melhor. Isso porque consegue acessar com mais facilidade as páginas que deseja, tem em mãos um site mais intuitivo e que não cansa a sua atenção com bombardeios de cores, textos e pop-ups.
O design é a única técnica do marketing minimalista?
Apesar de ser a mudança mais visível, não é o único responsável por uma estratégia de marketing minimalista. A forma geral como a marca se comunica também pode tornar essa empreitada mais consistente.
O envio de e-mails marketing, por exemplo, é algo a ser considerado. Na correria do dia a dia, ninguém gosta de ter a caixa de entrada lotada por e-mails que não deseja ler. Assim, é preciso ajustar a frequência de envios. A mesma lógica vale para o remarketing e o retargeting.
Para quem é adepto do marketing de conteúdo, saber ir direto ao ponto – sem deixar de seduzir e encantar o público é fundamental também. Em relação à comunicação direta entre marca a cliente, através de chatbots ou equipes de vendas, uma resposta simples e completa é a melhor forma de conquistar a persona.
O minimalismo significa que as pessoas vão comprar menos?
Quando se trata de marketing na era do minimalismo, essa dúvida é a que mais assombra empreendedores. No que diz respeito ao minimalismo de forma geral, é impossível dizer com certeza o que o futuro nos trará. Daqui a alguns anos, pode, sim, ser que as pessoas se tornem ainda mais exigentes ao escolher suas marcas preferidas.
Entretanto, há uma certeza: se o futuro do consumismo realmente significa comprar menos para comprar com qualidade, então, você precisa se adaptar. Afinal, se o critério será a qualidade e a conexão com a marca – como já temos visto ultimamente – é fato que a sua empresa precisa oferecer isso para o público.
Aqui, então, entra o marketing minimalista. Essa estratégia, portanto, mostra às pessoas que a sua marca compreende o seu estilo de vida. Mais do que isso: atesta que princípios como conexão emocional e simplicidade são a base da sua estratégia.