A ideia de pensar grande e começar pequeno é amplamente conhecida por ser uma boa forma de construir um produto, e o Minimum Lovable Product vem para ajudar nessa jornada.
Comece com um conceito que seja viável, factível e desejável. Após, mantenha esse conceito de longo prazo em mente construa algo pequeno. Por fim, colete feedback o mais rápido possível e evolua o desenvolvimento a partir disso.
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A definição de Eric Ries de um Minimum Lovable Product (MLP) é “a versão de um novo produto que permite que uma equipe colete a quantidade máxima de aprendizado validado sobre clientes com o mínimo de esforço”. Em tradução literal, é um mínimo produto adorável/amável.
Isso faz parte do processo de qualquer MVP. Contudo, se você já criou ou viu algum produto em sua primeira versão mínima, pense comigo: quão atraente é um MVP?
Pouco ou nada atraente. Entretanto, ele foca nos insights que fazem com que a empresa descubra quais são as funcionalidades que mais importam e pivote para isso.
Entra em cena o Minimum Lovable Product (MLP)
O Minimum Lovable Product pode ser descrito como: a versão de um novo produto que traz de volta a quantidade máxima de amor de seus primeiros membros com o mínimo de esforço.
Pense no exemplo acima. Com ele, nós conseguimos fazer o MVP de um bolo para testar se o sabor está de acordo com o que os consumidores procuram. Contudo, ele não tem nenhum apelo visual.
Agora, imagine o Cupcake. Assim, podemos testar tudo que o MVP testa, e mais. Ou seja, podemos testar formas, cores, diferentes tipos de toppings, embalagens. Além disso, é possível testar como o consumidor reage a isso.
O MLP permite que seja possível entender quais são os principais recursos para o cliente, além de ser lindamente projetado. Isso faz não só que as pessoas validem se gostaram do bolo, mas que falem sobre ele.
A grande função do MLP, portanto, é fornecer uma solução tão extraordinária que inspire emoções positivas nos seus clientes.
Como passar de viável para amável
1 – Entregue propósito
Um propósito faz a conexão entre uma organização e a sociedade. Não é só pelo dinheiro, inclusive.
Ao se concentrar no “por quê?”, você pode, por exemplo, criar conexões muito mais profundas com seu público. Por consequência, dá ao seu produto uma chance melhor de sucesso.
Simon Sinek ressalta que você precisa despertar uma emoção com seus primeiros clientes para que eles sintam algo e que a maioria das decisões de compra seja baseada em emoção, e não na lógica.
É aqui que entra o Círculo Dourado.
Basicamente, você começa a trabalhar o círculo a partir de seu centro. Ou seja: começamos a nossa conexão com o cliente através do “porquê” de alguma coisa.
Para exemplificar, vamos pensar na Uber – uma empresa presente na vida da maioria das pessoas. Imagine, então, que você ainda não a conhece. A frase seguinte, portanto, seria o seu primeiro contato com a empresa:
Nesse aplicativo você pode solicitar instantaneamente os serviços de um motorista nas proximidades por um preço mais acessível.
A descrição é fiel ao serviço. Porém, ela não é envolvente, nem muito chamativa. Isso acontece porque ela se encontra na camada externa do círculo dourado. Ou seja, é o “o que”.
Agora, vamos a uma descrição que parte do meio do círculo:
Sabe aqueles dias em que tudo dá errado e você já sai de casa atrasado para o seu compromisso? Ou quando o preço de uma corrida de táxi até o seu destino é mais do que você gostaria de pagar? Na Uber, esses problemas não existem: do seu celular, você solicita os serviços de um motorista. O aplicativo vai encontrar o que estiver mais perto de você: tudo ágil para você não perder tempo. O preço? Bem mais baixo do que aquele que você já conhece.
Percebe a diferença? Aqui, nos concentramos na motivação do cliente. A premissa da Uber, portanto, não é genial pois é original. Na verdade, é genial pois atende uma necessidade do cliente que antes não era atendida.
2 – Faça uma coisa excepcionalmente bem
Um dos grandes erros das startups que falham é fazer muito, muito cedo. Portanto, focar em uma única coisa torna mais fácil comunicar o que é o seu produto. E, principalmente, para quem ele é.
Antes de tentar abraçar o mundo inteiro, foque em tarefas menores. Afinal, quando tentamos “atirar para todos os lados”, acabamos não acertando alvo nenhum. Aqui, é pura estratégia. Em outras palavras, defina um plano de ação e vá aos poucos.
3 – Resolva problemas que realmente existem
De que adianta ter um produto excepcionalmente lindo, mas que não resolve nenhum problema real?
Foque nas dores do seu público-alvo, entregue valor de forma excepcional e torne seu produto parte da vida deles. É por essa razão que eu sempre reforço a importância de conhecer sua persona e seu público. Em suma, eles são a base de sua estratégia. O segredo para a escalada do seu produto está nas informações que essas pessoas detêm.
4 – Crie uma comunidade para o seu Minimum Lovable Product
Crie uma comunidade de clientes apaixonados que acreditam em sua missão e que amem seu produto. Para isso, porém, você deve aprender a se comunicar do jeito certo. Ao se colocar ao lado de seu cliente, ele se sente compreendido e cria um vínculo emocional com a sua marca.
Em uma comunidade, os clientes recomendam o seu produto entre si. Além disso, se sentem parte de sua marca favorita. Basicamente, essa estratégia traz muitos benefícios na sua missão de criar um Minimum Lovable Product.
5 – Deixe-os querendo mais
“A chave do sucesso é encontrar uma maneira de se destacar – ser a vaca roxa em um campo de vacas monocromáticas.” – Seth Godin
O Minimum Lovable Product é aquele produto impossível de consumir uma vez só. Por ser apaixonante, os clientes vão precisar dele mais vezes. Na verdade, mais do que precisar: vão querer tê-lo em mais de uma ocasião. Para essa conquista se concretizar, no entanto, é preciso saber se destacar.
Fazer isso, é claro, não é fácil. Exige muito autoconhecimento e estudo. Por exemplo: o que os seus concorrentes mais diretos estão fazendo agora? Quais são as suas qualidades e defeitos? Com as respostas, você pode se perguntar o que você consegue fazer de um jeito melhor. Ou, ainda, como é possível fazer algo diferente.
O Minimum Lovable Product é fruto de estudos constantes
Lembre-se: estamos, este tempo todo, falando de sentimentos humanos. Para um produto ser apaixonante, isso requer que seus clientes sintam essa emoção em relação a ele. E, como bons humanos que somos, a mudança é uma constante.
Por essa razão, é de extrema importância que você cultive o relacionamento com os seus clientes a todo instante. Além disso, é preciso analisá-los, entender o seu comportamento. Se você, por exemplo, ter um índice muito alto de clientes que compram um vez só e depois desaparecem, as chances de você ter um Minimum Lovable Product são mínimas. Nessas horas, estratégias como o Must Have Score te ajudam a manter o relacionamento saudável e torná-lo duradouro.
Para começa a sua estratégia, reflita sobre a seguinte pergunta: o que faz você se apaixonar por um produto? Os seus próprios insights serão valiosos nessa jornada.